O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu criar uma cota extra, de 250 mil toneladas, para importação de trigo pelo Brasil com tarifa zerada. A medida, aprovada em reunião nessa quarta-feira (18/9), vale de 25 de setembro a 31 de dezembro deste ano.
De acordo com nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), 95% da cota isenta em vigência, de 750 mil toneladas, já havia sido consumida até então.
O pleito pela nova cota foi apresentado pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo). Segundo a nota do MDIC, a medida evita “eventual desabastecimento”. Inicialmente, o pedido da entidade era para elevar a cota de 750 mil para 1,25 milhão de toneladas.
Na reunião, também foi aprovado um pedido apresentado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) para elevar temporariamente, por 12 meses, de 16% para 25%, a alíquota de importação de “pneumáticos novos, de borracha, dos tipos utilizados em automóveis de passageirose os automóveis de corrida)”. A solicitação inicial era majorar a taxa até 35% por dois anos. Os produtos foram incluídos na Lista de Elevações Tarifárias Temporárias por Desequilíbrios Comerciais Conjunturais.
Já o pedido da Anip para elevação de 16% para 35% da tarifa para importação de pneus de carga, de caminhões e ônibus, foi negado pelo Gecex. Esse item também era defendido pelos produtores brasileiros de borracha natural, devido à queda da demanda interna pelo produto dos seringais por conta da alta importação de pneus da China.
Houve pressão, porém, de caminhoneiros, que ameaçaram realizar uma greve caso a alíquota de importação fosse elevada. A taxa foi mantida em 16%.
Sem elevação tarifária, os setores produtivos de pneus e de borracha natural querem obrigar os importadores a cumprirem suas cotas de reciclagem e trabalhar um preço de pauta para importação.
Fonte: Globo Rural
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