O Presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Anselmo Coutinho, expressou sua preocupação com os prejuízos que os produtores rurais devem ter com relação à safra de trigo, especialmente na região central do Paraná. À reportagem do Paraná Centro, ele disse que as lavouras foram muito prejudicadas com as condições climáticas desfavoráveis no inverno. “Nesse ano, o trigo sofreu tudo o que poderia ser contra, problemas com estiagem e geadas”, pontua.
As lavouras de Pitanga foram atingidas por dois episódios de geadas, sendo um deles na segunda quinzena de agosto, que atingiu as plantações em um estágio muito sensível para as temperaturas perto de 0ºC, onde ocorrem danos na planta no momento de perfilamento e início de formação de espigas. “Ainda não é possível estimar os prejuízos, e acredito que nem os órgãos do Governo têm dados precisos sobre perdas, mas o que já podemos perceber é que será uma safra muito difícil e com grandes perdas; acredito que todo o Paraná terá queda de produtividade”, pontua o presidente. Estimativas mais conservadoras apontam cerca de 30% de quebra na safra, mas, em algumas regiões, a tendência é que a redução na produção seja superior a 50% do estimado inicialmente.
“Quando ocorre um evento isolado é uma situação, mas, nesse caso, especialmente da estiagem, é algo que ocorreu em todo o Estado e mostra que será um ano muito difícil para a triticultura”, relata.
Anselmo Coutinho salienta que o sindicato rural estará atento e acompanhando as movimentações para que as seguradoras e instituições financeiras garantam o apoio necessário para que os produtores possam se recapitalizar e lutar junto à federação e aos órgãos do governo para garantir linhas especiais de crédito e, caso seja necessário, uma renegociação de dívidas. “O trigo ainda é a nossa principal cultura de inverno, não existe outra lavoura que seja economicamente viável para a nossa região; mais para o norte, o pessoal ainda tem a opção do milho safrinha, mas aqui em Pitanga apenas o trigo é viável. Esperamos que as indenizações e coberturas ocorram de forma eficiente para que o produtor não fique ainda mais desestimulado a apostar na cultura nos próximos anos”, finaliza o presidente Anselmo Coutinho.
Fonte: Jornal Paraná Centro
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