No mercado do trigo na bolsa de Chicago, o clima que outrora fez a cotação avançar hoje pressionou os contratos futuros. Nesta quarta-feira (8/5), os lotes para julho, os de maior liquidez, fecharam em queda de 1,36%, a US$ 6,34 o bushel.
“A situação de preço do trigo é puramente climática no momento, com previsão de chuvas benéficas para os EUA e Rússia, que antes estavam com restrição de umidade”, destaca Ronaldo Fernandes, analista da Royal Rural.
A melhora nos prognósticos de clima impacta diretamente nas expectativas sobre a safra americana de trigo de inverno, pontua o analista.
“Atualmente, 50% das lavouras no país estão em boas condições. Na semana passada, o percentual caiu para 49%. Pela classificação do USDA [Departamento de Agricultura dos EUA], um índice entre 50% e 60% significa que podemos ver a perda do teto de produção. Abaixo de 50%, o USDA já considera possibilidade de quebra. As chuvas para os próximos dias indicam que a qualidade do trigo tende a melhorar”, acrescenta.
Milho
O preço do milho caiu em Chicago, com previsão de tempo favorável para o avanço da semeadura nos EUA. Os contratos para julho recuaram 1,82%, cotados a US$ 4,5850 o bushel.
Além da previsão de chuvas para áreas produtoras americanas, uma demanda menor por milho impactou as cotações nesta quarta-feira.
Dados da Administração de Informações de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) apontam que a produção de etanol no país caiu 2,2% na semana do dia 3 de maio, para um total de 965 mil barris por dia. Os números de produção de etanol americano servem como termômetro para demanda por milho, pois a principal matéria-prima do biocombustível no país é o cereal.
Fonte: Globo Rural
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